terça-feira, 9 de agosto de 2011

Visão de Reino


Uma vez o meu pastor me disse que o problema dos líderes de departamento da Igreja, tem uma visão muito focada, limitada até, quando deveriam possuir uma visão mais integral do Reino de Deus.
É claro, Jesus em três anos de ministério não pode sanar todas as dúvidas dos judeus acerca do Reino, muito menos poderei, em minha insignificância, homem mortal que sou, desvendar os mistérios que existem em relação a este tema. Mas isto não me impede de pensar um pouco.
Em meus devaneios, penso como haverá de ser depois que Cristo vier nos buscar para fazer parte de seu Reino. Muitos especulam que ficaremos eternamente diante de Deus rendendo-lhe louvores e desfrutando prazeres milhões de vezes mais intensos que o que chamamos de amor. Outros dizem já terem visto em visões as Mansões Celestiais. Alguns, em êxtase, relatam terem sido arrebatados em seus sentidos até o Céu, e chegam a detalhar as maravilhas e glórias cintilantes que lá existem.Gosto de ouvir estas experiências, e sinto-me como o povo de Israel ouvindo o relato de Josué e Calebe acerca da Terra da Promessa.
Certa vez me disseram uma frase, não posso dizer que precisamente por não possuir tão boa memória, mas aproprio-me dela para dizer que “mudam o cenário e as personagens, mas a história se repete.”
Lembra-se de como Abraão amou à Deus de tal maneira que não lhe negou sacrificar seu único filho? Como esquecer essa história de fé, não é mesmo. Deus jurou à Abraão dizendo: “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste teu filho, o teu único filho,que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.” (Gn 22. 16 ao 18). E por que Abraão não negou seu único filho, Deus o abençoou, dizendo que daquele menino sairia uma nação que governaria o mundo. Deus iniciava ali, seu projeto de Reino na Terra. Veja que, quase 2000 anos depois deste episódio, Deus não negou sacrificar seu único filho para morrer em nosso lugar. “Por que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”(Rm 3. 23), mas Jesus veio para mudar nossa condição pecaminosa, e nos possibilitou chegar-mo-nos à Deus novamente sem repreensão alguma. Jesus veio para anunciar o Reino dos Céus, e liderá-lo perpetuamente junto de todo aquele que abraça a sua causa.
Realmente, é comprovado, não só pelas Sagradas Escrituras que Deus cumpriu sua promessa, como também comprova-se através da história.

Isaque gerou dois filhos, Esaú e Jacó. De Jacó, saem doze filhos, que mais tarde se tornam doze tribos que juntamente formam a nação, o povo denominado Povo Hebreu.
No Capítulo 36 de Gênesis, os descendentes de Esaú são descritos como sendo príncipes, e em nenhuma outra genealogia bíblica pude ver uma descendência sendo descrita como principesca. O que denota a riqueza e a influencia da nação que também saiu de Esaú. Mas Deus escolheu para lhe representar na Terra, o povo Hebreu, sendo a sua historia e o amor de Deus por este povo, o tema central da Bíblia. Eles representariam o Reino de Deus na Terra, o que lhes trouxe grande responsabilidade. Instruído por Deus (Gn 46. 3), Israel e toda a sua família migram para o Egito e naquela terra Deus os multiplica, tornando-os uma nação numerosa, como o capítulo primeiro de Êxodo nos revela.
Jesus, ao início de seu ministério escolheu doze homens para discipular e fez deles os patriarcas da Igreja Cristã. Os doze discípulos, depois da ascensão de Cristo aos Céus, multiplicaram a nação do Reino dos Céus ganhando milhares de almas e espalhando o Evangelho por todo o mundo conhecido de então.
Por 400 anos os Israelitas viveram na Terra de Gósen, no Egito, sendo escravisados pelos egípcios com dura servidão. Mas quanto mais eram afligidos, mais ainda se multiplicavam.
Os doze discípulos foram perseguidos e todos, com exceção de João, sofreram mortes horríveis. Mas quanto mais eram afligidos, mais o Evangelho de Cristo se propagava pela Terra. Jesus veio para nos libertar da escravidão do pecado, num tempo em que já faziam 400 anos que a voz de Deus se fizera calar no mundo.
Percebe como a história é a mesma? Só mudam o cenário e as personagens.

Após ser tirado do Egito, começa a jornada de 40 anos do povo Hebreu até a Terra Prometida. Uma geração inteira pereceu no deserto e somente os seus descendentes herdaram a Terra. Quando todo o povo atravessou o Jordão, acreditam que tenham recebido maturidade espiritual do Senhor para conquistar a Terra, deixando de ser aquele povo que só sabia pedir e reclamar, para ser um povo que pega em armas e, dotados de ousadia e coragem, saem em conquista das promessas que Deus tinha para todos eles.
Acredito que, no momento em que aceitamos o sacrifício vicário de Jesus, e andamos conforme a sua Palavra, ingressamos à uma Nova Vida, e uma maturidade espiritual, através da ação e do auxílio do Espírito Santo.
Neste ponto da história do Povo de Israel, como nos relata o capítulo 6 do livro de Josué, a nação se prepara para atacar o Centro da Terra, começando por Jericó.


Jericó era a maior fortaleza do mundo de seu tempo, e os cananeus a consideravam indestrutível. Jericó era símbolo de poder e força militar. Os sacerdotes levavam a Arca Do Concerto e sete buzinas de chifre de carneiro. Por sete dias, o povo deveria rodear a cidade. No primeiro dia, ao soar da 1ª trombeta, o povo se reuniu num mesmo lugar, e a arca ia adiante deles.
Cristo prometeu, ao soar da Primeira Trombeta arrebatar a sua Igreja desta Terra. Todos os fiéis esperam por este evento, ansiosos por entrar no Paraíso. O Reino dos Céus. O livro da revelação nos diz que todos os moradores da Terra sofrerão terrivelmente, e todos os que foram infiéis a Jeová terão de enfrentar a Ira de Deus.
Naqueles dias, os moradores de Jericó, aterrorizados, encerraram-se sobre os muros da cidade-fortaleza e temeram muito a sua sorte, pois já lhes tinha chegado ao conhecimento os grandes feitos que Deus realizava para ajudar o seu povo. Com exceção de uma prostituta chamada Raabe, todos em Jericó morreram. Apocalipse 7. 1 ao 8, relata que 144 mil Israelitas fiéis serão poupados dos perigos iminentes que virão após o soar da Trombeta. Assim como Raabe, que escondeu em sua casa os espias do povo Hebreu, os Israelitas fiéis ao Deus todo-poderoso serão preservados com vida e farão parte do Reino dos Céus.
Depois de rodear a cidade por seis dias, sem poder falar palavra alguma, somente as buzinas eram ouvidas. Por seis dias calaram a sua voz e peregrinaram em torno da cidade que o Senhor haveria de lhes dar. Ao sétimo dia, ao soar das sete buzinas, o povo gritou com grande voz, e as muralhas caíram por terra. Finalmente o povo pode liberar o fôlego reprimido durante aqueles seis dias, e conquistou a Terra.

Ao soar da Sétima Trombeta, se ouvirá grandes vozes no céu que dirão: “Os Reinos do mundo vieram a ser do Nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para sempre.”(Ap 11. 15)
Fico imaginando que há milhares de anos, os anjos e os santos esperam para gritar e liberar o seu fôlego proclamando ao mundo que Cristo reinará para sempre. E nós viveremos com Cristo, que virá com poder e grande glória e instaurará o seu Reino de Paz neste mundo.
Assim como nós, cristãos, os judeus esperam por este grande dia. Eles aguardam que o messias venha e reine. E Ele virá! Breve Jesus voltará. O nosso amado e querido Jesus. O nosso messias tão esperado! E reinaremos com Ele, e Ele estará conosco e será o Nosso Deus. E viveremos em Paz nesta Terra por um Milênio (Ap 20).





Passados os mil anos de Paz em que Jesus reinará com os Santos e os que ressuscitaram em corpo glorioso (Ap 20. 4), Cristo entregará o seu Reino nas mãos do Pai (1Co 15. 24), e Deus aniquilará a Morte e Satanás, triunfando sobre o inimigo. Então Deus destruirá este mundo e esta terra (Sl 102. 26,26; Is 34. 4; 51. 6).

“Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, farei tremer os céus e a terra, o mar e a terra seca;E farei tremer todas as nações, e virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos(...) A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ageu 2. 6 ao 9).
Deus destruirá o mundo e fará um Novo Céu e uma Nova Terra (Ap 21. 1). E o próprio Deus habitará conosco e ficará no meio de nós.
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”(Ap 21. 3).
Deus fará um Reino sem nenhum resquício do Pecado que habita neste mundo. Sem os memoriais da História da Humanidade, que exaltam os deuses pagãos, e viveremos para Sempre com Ele. E todo aquele que tiver o nome gravado no Livro da Vida do Cordeiro, terá acesso à Nova Jerusalém, edificada nas alturas sob o fundamento dos doze apóstolos de Cristo. Sobre as suas doze portas estará escrito o nome dos doze filhos de Jacó, das doze tribos de Israel (Ap 21. 12 ao 14).
Aguardamos em expectativa este dia, o grande dia, em que Deus derramará a sua fúria sobre os iníquos deste mundo corrompido, que desprezam a sua Palavra, e jamais contemplarão as maravilhas da cidade celeste, mas encontrarão uma segunda morte, e extinguir-se-ão para todo o sempre junto de Satanás.
Tanto nós Cristãos como os Judeus esperam o Messias vir à este mundo e liderar o Reino de Deus.
Diante de tamanha grandeza, posso dizer que minha mente ainda não pode conceber todas estas informações, mas anseio pelo Grande dia em que Ele virá!
Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!


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