quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tu és Pedro...

Nesta última semana, trabalhou dentro de mim algo que gostaria de compartilhar com vocês. Estive meditando naquela passagem muito conhecida de todos nós, da cura do paralítico do tanque de Betesda, descrita no evangelho segundo escreveu João.
Você deve estar pensando, o que esta passagem tem a ver com o título da postagem Tu és Pedro? Calma, eu já vou chegar lá.
Você pode imaginar o poder que a palavra de Jesus tem? Estive lendo a passagem de João 5, e pude constatar que Jesus pode agir em nossas vidas mesmo se não o conhecessemos.
Havia um homem que era paralítico havia 38 anos. Ele ficava à margem do tanque de Betesda, conhecido por curar aqueles que nele mergulhassem cada vez que um anjo descia e movimentava as águas, o que não ocorria frequentemente; eis o motivo pelo qual ele vivia às margens do tanque. Na esperança de que, quando o anjo viesse agitar as águas, ele tivesse tempo de mergulhar e sair dali andando. Porém, não havia ninguém que o introduzisse no tanque quando as águas eram movidas. Ele vivia à margem, mas sem ter esperança alguma. Sempre que as águas se moviam, alguém entrava em seu lugar e saia dali curado; cegos, surdos, portadores de doenças incuráveis, mas ele estava fadado a ficar ali para sempre, pois ninguém se compadecia dele. Devido ao fato dele viver às margens do tanque, nunca ouvira falar de Jesus, e nunca tivera a oportunidade de vê-lo ou saber de sua fama, que ele curava, e trazia boas novas de salvação.
Um dia um homem que ele nunca vira, chegou para ele e lhe perguntou: Queres ficar são? é obvio que aquele homem queria ficar são. Mas ele não tinha esperança pois ninguém podia lhe ajudar. E aquele homem simplesmente lhe disse: Levanta, toma a tua cama e anda. E o aleijado simplesmente andou.
Veja que aquele homem nunca ouvira falar de Jesus, mas o Mestre foi ao encontro dele, e mudou a sua vida para sempre. Este foi um milagre realmente completo, pois o Senhor não curou somente a sua incapacidade de andar, mas curou a sua mente. A mentalidade de um aleijado que ele tinha. A mente de alguém que se via sozinho no mundo, impotente, incapaz de fazer qualquer coisa. Um homem sem estrutura nenhuma, incapaz de firmar os pés no chão. Um homem incapaz de carregar o próprio peso. E o milagre completo de Jesus, prova o quanto a sua palavra tem poder, apesar daquele homem nem conhecer que Jesus era o Cristo. Mais tarde os dois se encontraram no templo, e o Senhor se revelou à ele, que passou a testemunhar que Jesus o havia curado.
Ta certo, Jesus tem poder para curar atrvés de sua palavra, e o que Pedro tem a ver com o paralítico de Betesda? Tudo. Os dois partilharam do mesmo milagre pela palavra de Jesus.
O capítulo 5 do Evangelho de Lucas, nos conta como Pedro conheceu o Mestre.
Simão era pescador. Certo dia, voltando de uma pesca mal-sucedida (visto que estivera durante toda a noite no mar e não pescara peixe algum), quando se preparava para voltar para casa e descansar, um homem que Simão não conhecia,  vinha, seguido por uma multidão de pessoas que o apertavam e queriam ouví-lo. O homem então subiu no barco de Simão e pediu que o mesmo empurrasse o barco para o mar, para que ele pudesse se livrar do assédio da multidão e finalmente ensinar a palavra. Aquele era Jesus. E Simão ficou ouvindo o discurso de Jesus junto com a multidão e se maravilhou com as palavras que saiam da boca do Mestre. Quando terminou, Jesus lhe disse: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
Simão havia pescado a noite toda, e não consiguira pegar sequer um peixe. Estava cansado, com fome, com sono, pois vinha de uma longa e exaustiva jornada de trabalho que não lhe rendera nada. E ainda por cima, quando se preparava para voltar para casa, um homem totalmente desconhecido, entre em seu barco e lhe impede de ir embora descansar. Mas Simão ficou atento à cada palavra que Jesus dizia, e lhe respondeu: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede. E aconteceu o que Simão não esperava. Com uma única lançada de rede ao mar, ele e seus companheiros pegaram mais peixes do que poderiam ter pescado durante aquela noite. Simão conheceu então o poder da palavra de Jesus.
Simão foi depois chamado por Jesus à ser pescador de homens. Porém, Simão tinha um problema. Assim como o paralítico de Betesda, onde ninguém podia lhe ajudar, a não ser o Mestre. Simão não tinha estrutura nenhuma. Era um homem totalmente inconsistente. Um homem que num momento dizia que morreria com Cristo, e no outro era capaz de negar que conhecia Jesus por três vezes. Um homem que quando precionado mentia, não era nem um pouco firme em seus ideais. Não tinha firmeza, não possuia uma estrutura. Um homem instável, sanguíneo, impaciente e precipitado muitas das vezes. Era assim o Simão.
Mas Jesus olhava para ele sobre uma ótica diferente. Jesus dizia-lhe: Tu és Pedro. O poder da palavra de Jesus começou a agir na vida de Simão quando Jesus passou a chamá-lo de Pedro. Nem Pedro acreditava em si mesmo, pois ele conhecia as suas deficiencias, mas Jesus apostava nele para dar continuidade ao seu ministério. O nome Pedro significa literalmente pedra. E Jesus agia no psicológico de Pedro cada vez que o chamava assim. Jesus queria dizer: Ei, você é firmado, sim. Você pode não perceber, mas tem uma estrutura forte, você vai me negar, mas no fim das contas vai entregar a sua vida por amor ao evangelho. Você é firmado. Você é forte. Você é estruturado. Você tem firmeza nos teus pés. Você será capaz de vencer, por que tu tens consistência, tu és firme como uma rocha. Tu és Pedro. E sobre esta pedra, ou seja, é com esse mesmo tipo de firmeza que os futuros crentes vão agir, é com essa mesma consistência que tu tens hoje Pedro, que os crentes no futuro vão vencer. É essa a estrutura que os Cristão terão no futuro Pedro. Certos de que obterão vitória.
Hoje, se nós podemos conhecer o evangelho de Jesus e as boas novas de salvação, é graças a homens como Pedro, que deram a sua vida para poder levar adiante as palavras do Mestre. Homens estruturados que não temeram nem mesmo a morte, pelo seu ideal. Homens consistentes naquilo que acreditavam, homens que se tornaram mártires de Cristo. O poder da palavra de Jesus nos confere um viver vitorioso. O Senhor nos dá hoje uma estrutura sólida para enfrentamos as dificuldades deste mundo. Assim como aquele homem do tanque de Betesda, um homem sem estrutura nenhuma, mas depois de ouvir Jesus lhe dizer, LEVANTA, ele levantou, e passou a firmar os pés no chão e pode caminha com Cristo, anunciando a tantos quanto conhecia, o que Jesus lhe fizera. Tornou-se ali uma testemunha de Cristo.
Queira você também ter um real encontro com Cristo e poder levar as boas novas de salvação. E se você disser que não é capaz, não se esqueça: não olhe para as suas deficiencias. Tu és Pedro.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bem aventurados os que choram...



terça-feira 10/05/2011

Nosso respeitável Pastor Luiz Donizette, têm realmente oferecido um banquete nos cultos de edificação cristã. Não sou o único que tem glorificado à Deus por isso.
Nessa última terça, o pastor continuou falando sobre as bem aventuranças, descritas por nosso Senhor Jesus Cristo, no capítulo 5 de MATEUS. Pra ser mais exato, ele pregou o versículo 4: "Bem aventurados os que choram, pois esses serão consolados".
Chorar faz parte de nossa vida. Quando nasce, a primeira coisa que um recém nascido faz, é chorar. A vida, por muitas das vezes também nos faz chorar. Choramos, inclusive ao enfrentarmos a morte. Como pode alguém ser feliz chorando? Esta foi a questão levantada. Existem três tipos de choro, segundo as palavras de nosso pastor.
O primeiro, é o choro que não precisa de consolo. Quando os que estavam no exílio, que durou cerca de setenta anos, retornaram à Israel, os exilados, em unissono, começaram a chorar, e soluçar, a ponto de todos em volta ouvirem o seu choro. Porém, aquele era um choro que não carecia de consolo, pois ele por si só servia de consolação para o povo. Era um choro de felicidade. Como bem definiu a irmã Jordania, a "materialização de um sentimento". No caso, o regresso ào lar.
O segundo, é o choro que Deus simplesmente ignora, e não há consolação de jeito algum. Deuteronômio 1 e 45 "Voltastes, pois, e chorastes perante o Senhor; mas o Senhor não ouviu a vossa voz, nem para vós inclinou os ouvidos."; esta referência trata bem este tipo de choro. Deus estava moldando o caráter do povo. Israel ainda vivia desejoso das coisas que haviam no Egito, como as cebolas, e os alhos. Muitas vezes vemos alguém chorando durante uma pregação e logo pensamos que a palavra tocou no coração de tal pessoa. Mas, na maioria das vezes, choramos porque temos o nosso pecado descoberto. Esse choro não agrada ao Senhor, pois é um choro que simboliza o descontentamento por Deus ter tirado algo que não o agradava, mas que sentimos falta. Alhos e cebolas. Coisas mundanas que Deus nos tira, e que muitas das vezes murmuramos dizendo, por que o Senhor me tirou aquilo que eu amava, por que o Senhor não me deixou ficar naquele emprego, por que o Senhor não me deu o que pedi... Choro de murmuração. Não há consolação para tal. Deus simplesmente não atenta para este choro. É nesse momento que vamos criando mais maturidade espiritual.
O terceiro choro, é o choro de tristeza. Aquele que move o coração do Senhor. O salmista Davi, descreve seu leito inundado de lágrimas, e seus olhos envelhecidos de tanto chorar no Salmo de número 6. Este é aquele que dura a noite inteira. Davi tinha realmente motivos para chorar. Seu próprio filho o procurava para matar, e intentava contra ele. A pior luta que podemos enfrentar é com nossa família. Quando o nosso inimigo vive debaixo de nosso teto, a dor é muito grande e inconpreensível. O Senhor Deus, nesses momentos nos oferece o consolo de seu Espírito Santo. Jesus Cristo, antes de sua ascenção aos céus promete nos enviar um outro consolador, para nos ajudar nos momentos de dificuldade. O que seria de nós se não tivesemos o Espírito de Deus em nossa vida? Como poderiamos ter paz em nossos corações? O Espírito que habita em nós é maior que o que está no mundo. portanto podemos suportar todas as coisas nEle. Ele enxuga as nossas lágrimas.
Por várias vezes Jesus chorou. A primeira vez foi na morte de Lázaro. Jesus chorou ao deparar-se com a morte de seu amigo. A morte corrompe, destrói o corpo do homem, o separa de seus entes queridos, e Jesus simplesmente chorou pela morte. Também chorou ao observar Jerusalém. Ao ver a cidade vivendo em completa miséria espiritual, e a condição dos judeus da época. Jesus moveu-se de íntima compaixão por aquelas pessoas, e pela cidade.
Enfim, desde o nascimento até na hora da morte, o choro é algo que nos acompanha desde sempre. Mas de uma coisa nós sabemos, no céu não haverá nem morte, nem clamor, nem choro e nem dor.

Por isso, Muito mais do que felizes são os que choram, pois serão consolados pelo Senhor. O Pastor levantou uma questão muito interessante também, que só pode chorar quem é pobre de espírito, e só pode ser manso quem chora e é pobre de espírito, ou seja, cada uma das bem aventuranças a seguir depende das primeiras. Muito interessante a visão deste grande homem de Deus que é o nosso pastor.
A paz do Senhor